Pontualmente, sobre cronograma original, o projeto conexão benévola começa suas ações em junho. Em verdade este projeto já tem sido trabalho há certo tempo, no quesito de formação de rede entre coletivos no que tange à ajuda-mútua e no mapeamento de agentes culturais, porém é hoje que a Faiah lança através do programa Combustão Cultural a "rede virtual Conexão Benévola". Este grupo de e-mail tem como finalidade conectar pessoas e coletivos em rede num intuito de que estas recebam informações positivas de todo o mundo, se articulem, discutam e através dessa conexão coloquem suas idéias em prática, não sendo assim um grupo apenas virtual. Estando a Faiah pré-disposta a fomentar, potencializar e viabilizar tais ações.
Para inscrever-se no grupo é necessário apenas digitar seu e-mail na caixa abaixo, que também está localizada no final da barra lateral do blog Combustão, e clicar no botão ao lado. Será enviada uma mensagem de confirmação para a caixa de entrada de seu e-mail, abrindo essa mensagem você só precisará clicar no link para confirmar a sua inscrição. Pronto, a partir disso você estará integrado numa corrente de positividade e ajuda mútua, que lhe mostrará que é possível vivermos felizes, em paz e harmonia entre todos seres viventes e o próprio Planeta Terra.
A frente de produtos e serviços, Cooperada.mente - Artes Gráficas, finalizou hoje o Cartaz de divulgação do Combustão com foco maior nas Oficinas que começam na próxima semana, dia 31 de maio.
A Cooperada é quem tem feito toda a arte digital para a Faiah e já tem trocado tecnologia com outros coletivos como o Espaço Cubo de Cuiabá-MT, em animação de Banner nesse caso. Esta Frente se segmenta em outras vertentes como a produção com Bambu, coordenada pelo Yuri da Familia Bhanganjah e tendo o Eve14 da Faiah, como coordenador da parte digital. Esta frente hoje, também presta serviços de confecção e manutenção de Dreadloocks, Aerografia e Graffiti, além da assessoria de comunicação e produção em geral. A mesma também está mobilizada para começar a produzir roupas e produtos de limpeza e higiene pessoal.
A FaiahComunicação está laborando na construção do blog da Cooperada, assim como a própria labora em sua logo, em breve no ar. Aguarde!
À partir de hoje o Calendário de atividades do Programa Combustão Cultural está on-line no blog do mesmo. Nele você poderá acompanhar tudo o que está para acontecer e não perder a oportunidade de participar. A agenda está localizada no fim da página e é bem simples de ser usada, basta clicar nas atividades do dia e verá maiores detalhes, também com opções de visualização do mês todo ou apenas da semana.
Sob a proposta de inovação, consolidação e expansão de nossas ações, lançamos nesta última segunda-feira, 19 de maio, o Programa Combustão cultural que terá duração até dezembro. O blog do programa já está no ar desde o mês passado e à partir de amanhã o cronograma geral de atividades estará disponível no mesmo. Já adiantamos aqui que as oficinas começam a partir do dia 31, sendo sempre aos sábados e domingos. As inscrições estão abertas e as mesmas são feitas somente de forma presencial no Espaço Cultural.
Dentre os presentes estiveram a Márcia Luz do grupo OCA*SVB, parceira do Faiah e ministrante da Oficina de Alimentação Sustentável, Léo do coletivo Eparreh, integrantes da rede e Mao da crew de graffiti “Escrita Mambembe”, que tem trabalhos expostos no ponto de distribuição e tem participado de nossas ações como o 1º Encontro de graffiti na pista de Mauá (em breve a matéria deste encontro).
Apresentamos a Faiah e o Combustão, fazendo uma retrospectiva de nossas ações e o que faremos a partir de agora. Márcia também teve uma fala focada na sua participação e no quesito alimentação, terminando assim com a apresentação dos alimentos vegans feitos pela mesma.
Idealizado pelo instituto cultural Faiah, o programa Combustão Cultural envolve a consolidação e desenvolvimento do Espaço cultural Faiah, em atividade desde abril de 2007 (ex-natbhang) com atividades como biblioteca comunitária, saraus, exibição de filmes, exposições de arte, encontros, palestras, debates e grupos de estudos e vivências, e agora com oficinas de teatro, música, graffiti, mídia ativista e práticas sustentáveis (alimentação, hortas verticais, permacultura, produtos de limpeza e higiene), além do trabalho junto à comunidade, na disseminação de informações e campanhas de arrecadação de óleo comestível, pilhas, roupas e livros (todos usados), o programa também realizará dois Festivais multiculturais com seminários,feira de trocas, pista de skate, exibição de vídeos, apresentações, performances e exposições artísticas.
As oficinas começam dia 31 de maio. Inscrições presenciais e somente no Espaço Cultural.
Todas as atividades são gratuitas com exceção dos serviços. O programa tem financiamento do VAI – Programa de Valorização de Iniciativas Culturais, além do apoio de diversos parceiros como OCA*SVB, a AMASKT – Associação Mauense de Skate e o Comunidade Semente Una.
O ministro Gilberto Gil, da Cultura, recebeu no dia 30 de Abril, no Centro de Iluminação Cristã Luz Universal - Alto Santo, fundado pelo mestre Raimundo Irineu Serra em Rio Branco (AC), o documento no qual representantes dos centros que integram os três troncos fundadores das doutrinas ayahuasqueiras solicitam que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) instaure o processo de reconhecimento do uso da ayahuasca em rituais religiosos como patrimônio imaterial da cultura brasileira.
O pedido está endossado pelo governador do Acre Binho Marques (PT), pelo deputado Edvaldo Magalhães (PC do B), presidente da Assembléia Legislativa, além da deputada federal Perpétua Almeida (PC do B), articuladora do projeto de reconhecimento do uso ritual da ayahuasca.
Segundo o governador, "é muito fácil construir prédios, mas é muito difícil construir uma fortaleza cultural como esta".
- É a nossa reserva moral, a nossa fonte de sabedoria. Eu mesmo, em momentos de descrença, de não ter mais esperança no futuro, foi aqui que encontrei sabedoria e iluminação e muita crença no futuro. Perenizar essa sabedoria, essa cultura e essa iluminação é importante para o Acre. O Acre agradece. Mas eu tenho certeza que o Brasil vai agradecer, não só o Acre - afirmou Binho Marques.
Gilberto Gil espera que o Iphan, órgão do Ministério da Cultura, "examine com todo zelo, carinho e responsabilidade" a solicitação.
- Espero que nós possamos celebrar em breve o registro do ayahuasca como patrimônio cultural da nação brasileira - disse o ministro.
O Documento na Íntegra
Excelentíssimo Senhor Gilberto Passos Gil Moreira Ministro da Cultura da República Federativa do Brasil
Ayahuasca é um termo de origem Quéchua, que significa “vinho das almas”, e é utilizado para designar o chá feito pela cocção de duas plantas originárias da floresta amazônica: o cipó Jagube ou mariri (Banisteriopsis Caapi) e as folhas da Rainha ou Chacrona (Psychotria Viridis). Este chá serviu como base para o estabelecimento de diferentes tradições espirituais por comunidades indígenas em uma vasta região que compreende diversos paises amazônicos (Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, etc.), tradições mágico/culturais que se consolidaram na grande floresta amazônica durante os últimos dois mil anos, pelo menos, e exerceram influências importantes, inclusive sobre sociedades complexas da região andina, como a civilização Inca, por exemplo.
Mais recentemente, nos primeiros anos do século XX, na Amazônia Ocidental (atuais estados do Acre e de Rondônia, na fronteira com o Peru e a Bolívia), a formação da sociedade extrativista da borracha - que a exemplo dos povos indígenas amazônicos – tinha como marca fundamental uma enorme multiplicidade étnica e cultural, estabeleceu as condições necessárias para que a milenar tradição indígena da Ayahuasca fosse assimilada por brasileiros e desse origem a uma nova configuração religiosa, cultural e social. Assim, Raimundo Irineu Serra e Daniel Pereira Mattos (ambos negros maranhenses, descendentes de escravos) fundaram entre 1910 e 1945 uma doutrina religiosa que rebatizou a Ayahuasca com o nome de “Daime”. Algum tempo depois, na década de 60, o baiano José Gabriel da Costa formulou uma outra doutrina que passou a chamar a Ayahuasca de “Vegetal”.
Porém, mais importante do que apenas designar novos nomes, a atuação destes três mestres fundadores - Irineu, Daniel e Gabriel – estabeleceu as bases doutrinárias de uma nova tradição religiosa, sincreticamente brasileira e tipicamente amazônica, que possibilitou a formação de comunidades organizadas em torno do uso ritual da Ayahuasca e que passaram a ter importante papel (político, social e cultural) na própria formação da sociedade brasileira na Amazônia Ocidental.
O conhecimento espiritual destas doutrinas tem sido transmitido de geração a geração e mantido por diversas tradições culturais através de um sincretismo religioso caracteristicamente amazônico, o que implica numa relação essencialmente harmônica com a natureza e estabelece um sentimento de identidade e continuidade, garantindo assim o respeito à diversidade étnico-cultural e à criatividade humana.
Com isso as Doutrinas do Daime/Vegetal, como estabelecidas por seus mestres fundadores, tornaram-se partes indissociáveis da sociedade brasileira, podendo assim receber o reconhecimento como patrimônio cultural de nosso país.
Com base nas informações acima relacionadas podemos afirmar que a utilização ritual da Ayahuasca em doutrinas religiosas preenche os quesitos que a caracterizam como patrimônio imaterial, considerado como “práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que comunidades ou grupos reconhecem como parte integrante do seu patrimônio cultural.”
Em atenção aos ditames da Resolução nº 1, de 3 de agosto de 2006, expedida pelo Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os representantes responsáveis pelas Fundações Culturais do Estado do Acre e do Município de Rio Branco, a partir do diálogo com os centros que integram os três troncos fundadores das contemporâneas doutrinas Ayahuasqueiras, solicitam ao Senhor Ministro da Cultura que, através do Iphan, instaure o processo de reconhecimento do uso da Ayahuasca em rituais religiosos como Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira.
Rio Branco, 30 de abril de 2008.
Daniel (Zen) Santana de Queiroz Presidente da Fundação Elias Mansour Estado do Acre
Marcos Vinicius Neves Diretor-presidente da Fundação Garibaldi Brasil Município de Rio Branco
Peregrina Gomes Serra Centro de Iluminação Cristã Luz Universal-CICLU – Alto Santo
Francisco Hipólito de Araújo Neto Centro Espírita e Culto de Oração “Casa de Jesus – Fonte de Luz”
José Roberto da Silva Barbosa Centro Espírita Beneficente União do Vegetal - UDV
Jair Facundes de Oliveira Centro de Iluminação Cristã Luz Universal - CICLU"
Skate, Graffiti, Música e Orientização para a Conscientização Ambiental.
A arte foi feita pela Cooperada.Mente - Frente Cooperativa de produtos e serviços da Faiah, interessados em serviços gráficos entrar em contato pelo e-mail evefaiah14@gmail.com.
Programação completa:
18 de maio - 1º Encontro de Skate Feminino em Mauá 24 e 25 de maio - 14º Campeonato de Street Skate de Mauá e shows com Sombra SNJ, Leões de Israel, B. Negão e outros mais.
Maiores informações no e-mail da AMASKT - Assossiação Mauaense de Skate: mauaskate@hotmail.com
Neste último mês de Abril, os grupos: Faiah e Comunidade Semente Una se reuniram algumas vezes para firmar propostas de ação conjunta, estreitando assim a relação já existente.
Os coletivos se conheceram numa visita de integrantes da Faiah ao “Sarau da Luz”, realizado pelo 'Semente' no espaço físico de seu parceiro, Instituto Merkaba, localizado na Pompéia. Esses primeiros encontros já haviam deixado claro a sintonia nos trabalhos realizados e nessas reuniões de planejamento estratégico muitas idéias surgiram, sendo algumas já encaminhadas e efetivadas.
A primeira delas foi a participação do Praddipa, integrante do SU, como oficineiro de Música no programa Combustão Cultural idealizado pela Faiah. Sendo esta a proposta inicial, que naturalmente expandiu-se, tendo a oficina ganhado também a participação de outros membros do Semente, assim como a utilização de outros instrumentos e em diversos segmentos como a musicoterapia por exemplo. O programa Combustão Cultural será Lançado nesta próxima segunda às 19h30 na sede da Faiah. As inscrições para as oficinas já estão abertas. Para maiores informações clique Aqui!
O segundo encaminhamento foi a abertura de um GEV – Grupo de Estudos e Vivências de PROUT, com mediação de Heitor Hermann da Faiah, no Merkaba. Inicialmente o estudo está aberto apenas para os membros do coletivo, mas em breve, à todos interessados.
Terminando com o terceiro encaminhamento, definimos o início do Dharmacakra Zona Leste, que acontecerá todas as quintas-feiras à partir de amanhã, 15 de maio, das 19h30 às 21h30 na sede da Faiah. Sendo esta uma parceria com o Instituto Visão Futuro – Sampa (direcionado por Gustavo Prudente, Membro do SU). Segue abaixo o flyer-convite com maiores explicações sobre esta ação.
De 7 à 10 de Maio, o Instituto Cultural Faiah esteve presente na 8ª Feira de Economia Solidária do Anhangabaú, centro de São Paulo, com o Ponto de Distribuição Itinerante. A Feira é realizada pela ITCP-FGV, Movimento População de Rua e Agentes da Cidadania, com apoio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social.
O Ponto de Distribuição, um dos projetos da Faiah, é uma espécie de loja com carater itinerante, que labora na busca de uma econômia mais solidária, entende o dinheiro como meio e não como finalidade. É um espaço destinado a vascularizar as produções da Cooperada.Mente, assim como de outras frentes e parceiros.
Diferentemente de nossa primeira participação nesta feira, quando dividimos a barraca com outro expositor, dessa vez nos disponibilizaram uma barraca inteira, que nos permitiu levar uma gama maior de produtos para o evento: copos, colheres, incensários, sinos dos ventos e diversos outros itens em Bambu, produzidos pela Cooperada.Mente, mandalas tridimimensionais, do grupo Mandala Psico Crew, e mandalas pintadas digitalmente por Vitor Farah do Comunidade Semente una, como também camisetas de conscientização animal e planetária, confeccionadas pela OCA/SVB, brinquedos de material reciclado, da Volcano, além de outros ítens de vestuário produzidos com algodão cru, vindos diretamente de artesãs do Ceará (sendo estas roupas e os brinquedos, novas parcerias da Faiah). Não esquecendo das sacolas ecológicas da Faiah e da OCA, também em algodão cru e lançadas neste evento, tendo grande aceitação do público transeunte.
Estiveram presentes na barraca os membros da Cooperada, Yuri e Ricardo e nossa parceira Márcia Luz da OCA/SVB. Contamos, com a colaboração do Gabriel da Volcano na produção da Cooperada e também a presença dos índios tupi-guaranis que exporam ao nosso lado, sendo nossa companhia durante esses dias.
A Faiah além de estar presente com o Ponto de Distribuição, também colaborou no Grupo de Trabalho Cultural da Feira, na articulação com as bandas, na estrutura de som, translado e outras necessidades deste segmento. A Feira transcorreu suavemente, num clima ameno e sem nenhuma confusão, buscando expandir o espírito da Economia Solidária. Produzir com Amor e cooperar ao invés de competir. Sendo a venda uma das etapas de toda a cadeia e um “meio” de manter as atividades buscando a consolidação dos empreendimentos e movimentos.
Já no final da feira visitamos várias barracas fomentando a prática de troca. Trocando nosso artigos em bambu por outros ítens artesanais, no intuito de aumentar e diversificar ainda mais a variedade de produtos em nosso Ponto.
Sustentabilidade do planeta é responsabilidade social Uma feira para quem busca vida saudável e não agredir o ecossistema
O Pavilhão da Bienal do Ibirapuera recebeu entre os dias um e quatro de Maio a 4º Edição da BIO BRAZIL FAIR / NATURAL TECH, feira de produtos ligados à Agricultura Orgânica, Agroecologia, Produtos e Saúde Natural. Aproximadamente, 200 expositores disponibilizaram para consumidores finais e lojistas uma vasta variação de artigos orgânicos e naturais existentes e lançamentos a ingressar nesse mercado que amiúde emerge financeiramente e proporciona uma vida mais saudável para as pessoas. O mercado interno para tais produtos, antes da regulamentação da Lei nº 10.831 em dezembro pelo Governo Federal, apresentava um crescimento médio de 30 a 35% ao ano. Hoje com ela sancionada, os empresários e agricultores do setor fazem uma prospecção de quase 100% em relação aos anos anteriores a nível nacional. Com 90 milhões de hectares para plantação de alimentos orgânicos, o Brasil, torna-se alvo de investidores externos e produtores nacionais que acreditam no desenvolvimento desse mercado que se encontra em plena expansão comercial; não só a nível nacional, mas a conquistar à esfera de exportação onde o país tem plena possibilidade de liderar esse setor econômico.
Natural Tech / BIO BRAZIL FAIR
A feira com uma pluralidade de produtos agroindustriais apresentou atraentes alternativas de sustentabilidade econômica, ecológica, medicinal, alimentícia e cosmética. Roupas feitas através da reutilização de garrafas pet, por exemplo, mostrava que o plástico; material poluente que pode durar mais ou menos 500 anos para ser decomposto na natureza, deve ser reaproveitado. A medicina natural alimentar estava à amostra como alternativa para cura de doenças. Cosmo F. Pacetta explicou os benefícios do extrato da folha de oliveira diante as doenças provenientes de vírus, bactérias, vermes, fungos e outros parasitas, apontou seus efeitos antibióticos e sua capacidade de fortalecer o sistema imunológico do organismo. Em outros stands travesseiros aromatizados a partir de ervas medicinais como: alfazema, macela, rosa branca, camomila entre outros; auxilia o usuário contra renite, sinusite, dores de cabeças, enxaqueca e stress. Vida equilibrada integrando o ser humano em sua natureza, através da Medicina Ayurveda e Yoga teve, destaque no evento. A busca por uma melhor qualidade de vida seja ela de forma preventiva, curativa e/ou espiritual foi difundida por especialistas presentes no local. A cultura de produtos regionais brasileiros produzidos a partir do uso sustentável da biodiversidade local estava representada por diferentes núcleos e produtores comunitários. A Central do Cerrado – iniciativa sem fins lucrativos - por exemplo, expôs desde artesanatos criados com Capim-Dourado a Doces - de-Buriti e Sabonetes de Babaçu.
*por Guia Vegano
O vegetarianismo
Diante as inúmeras atrações da feira, o vegetarianismo ganhou notável destaque. Além de apresentações diárias com receitas de sua culinária, o evento contou com o 1° Salão Vegetariano, que dispôs de seminários para conscientização da população sobre o consumo de carne e seus malefícios. A palestrante Marly Winckler da SVB – Sociedade Vegetariana Brasileira – explicou o que é ser vegetariano. “É o regime alimentar que exclui todo alimento que implique no sacrifício de um animal”. E enfatizou “nenhum tipo de animal”, pois se lembra que muitas pessoas ao dizer seguir a filosofia, se contradizem, pois consomem peixe. A socióloga também disseminou a diferença entre os não consumidores de carne e os veganos. “Ser vegan é mais que ser um vegetariano, é um estilo de vida. Esses excluem, além da carne em sua alimentação, o uso de qualquer derivado de origem animal. Não se emprega couro, lã, óleos e secreção presentes em sabonetes, xampus, cosméticos, perfume, filmes entre outros. Hoje em dia é praticamente impossível ser totalmente vegano!”. Ela também explanou que ser vegetariano, costuma ser mais saudável para saúde humana. “Nossa dieta previne doenças vasculares e degenerativas, diminui 50% o risco de diabete, nos homens 54% do câncer da próstata e 88% de nós quase não desenvolve o câncer no intestino grosso. São quase 100%!”, comemora ao citar esse último dado. Sem contar o impacto ambiental que a criação de gado de corte causa negativamente no ecossistema, Marly expôs aos palestrados os problemas acarretados pela quantia de grãos plantados destinados a nutrir aves, porcos e bois. “Metade da colheita mundial de grãos é destinadas aos animais. Hoje existe alimentação para todos, o que não está certo é a distribuição”. Além de todas as atrações acima, a feira apresentou o IV Fórum Brasileiro de Agricultura Orgânica e Sustentável. Temas como: A responsabilidade dos produtores, distribuidores, comerciantes e entidades certificadoras quanto à qualidade do produto orgânico frente ao consumidor e Desenvolvimento orgânico é a opção sustentável para o futuro do Brasil, foi ponto de encontro para distintos profissionais e interessados no ramo.
O verdadeiro reggae raiz Uma festa pra enaltecer a chama rastafari
No dia 16 de abril, ocorreu o Abril pro Reggae, festa organizada pela banda Família Bhanganjah, no bairro da Móoca, zona leste de São Paulo, que buscou trazer manifestações da cultura rastafari através de canções a fim de imantar e transmitir mensagens de consciência, paz, amor e justiça ao público presente.
A venda de artesanato e alimentos naturais a diferenciava de outras do gênero, no entanto, a proibição do comércio e o uso de álcool e de cigarros dentro do recinto, deu um tom ainda mais exótico para festa. Os jovens que estavam no local viram tal atitude por distintas ópticas, entre as quais, que tal ação traria um maior conforto a eles.
“Nenhuma combina, mas festa em local fechado piorou. Interessei-me pela festa quando vi no flyer que não haveria a comercialização de cachaça e o uso proibido de cigarros, percebi que de certa forma isso me traria conforto”, comenta Marcela Meyer, 25 anos, bióloga.
O Conquistador da Tribo de Judá
A Cultura Rastafari ou simplesmente Cultura Rasta era pauta entre os vários assuntos discutido pelas pessoas e fomentado nas letras cantadas pelas bandas. Esse movimento religioso africano - nascido na Jamaica - surgiu em meados dos anos 30, e proclama Haile Selassiê, antigo imperador da Etiópia como um Messias enviado por Jah (Deus) à Terra. A proliferação dessa doutrina está ligada à música reggae e ao seu criador, Bob Marley.
O que é seguir o rastafarianismo? Tal questão teve vários embasamentos entre os participantes da festa. “Ter ou não ter dreadlocks não significa que a pessoa siga a religião”, afirma o contador Renato Brito, 26 anos.
Segundo historiadores, a aparência física com dreads é tão antiga que não se pode datar e os rastas utilizam o estilo como forma de protesto e também por seguirem o ensinamento bíblico escrito em Levítico 19: 27.
Estar em conexão com a natureza, fazer o uso da ganja (cannabis sativa) para expansão mental, não usar drogas, o vegetarianismo e a busca de sua própria verdade são ícones para ser militante do movimento jamaicano, esse foi o consenso comum entre os entrevistadas.
Preconceito – Visual
A descriminação aos adeptos dos dreadlocks, possivelmente se deve ao padrão estético comercial do mundo contemporâneo que eles não compactuam, e por fugirem dessa massificação tendem a ter dificuldades para obter emprego, sofrem com pré-conceito policial e são estereotipados como viciados em cannabis.
Rastari há seis anos, Marcos Antônio Arantes, 20 , estudante explica de forma heterogênea a conotação sobre a visão das pessoas sobre eles.
“Conheci a filosofia rasta pelas músicas do Bob Marley. Ter dread é um sinal de resistência ao sistema capitalista, a globalização. Uma vez fui a uma loja de eletroeletrônicos comprar um MP3 e o vendedor perguntou se eu iria mesmo comprar. Quando assumi esse visual sabia as dificuldades que iria passar e é isso que me dá força. Nessa guerra nossa arma rastafari é a não violência.”
Abril, se abriu não só para o reggae, mas para todos que acreditam e trabalham para um mundo de paz. As diferenças deram lugar a união, o amor sobrepôs a guerra e a consciência da Santa Luz se expandiu por todo orbe. O espírito de Jah estava presente ali.
O evento foi co-produzido pela Faiah, que também levou o ponto de distribuição à festa e fez o cadastramento de boa parte do público para futuros projetos. Também estiveram presentes o pessoal do Vrinda na parte da alimentação e Ramon e Leleka nos artesanatos.